As redes sociais podem ter um impacto significativo no desenvolvimento das crianças, tanto positivo quanto negativo. Por um lado, elas oferecem oportunidades de conexão, aprendizado e expressão criativa, promovendo interações sociais e compartilhamento de informações. No entanto, também apresentam riscos, como exposição a conteúdos inadequados, cyberbullying e comparação social prejudicial. É importante compreender o processo de formação do cérebro da criança para entender como as redes sociais podem afetá-lo. O cérebro humano se desenvolve de frente para trás, e o córtex pré-frontal, área responsável pelo planejamento, execução de tarefas e avaliação de riscos, amadurece apenas após os 20 anos. Isso significa que os jovens, com cérebros ainda em desenvolvimento, podem ser particularmente suscetíveis aos efeitos negativos das redes sociais, como dependência e vícios.
Recentemente, especialistas têm discutido maneiras de evitar o vício em redes sociais entre os mais jovens, levando em consideração os impactos negativos que podem surgir desse comportamento excessivo. Uma matéria publicada no site da Folha de S.Paulo destacou algumas recomendações de especialistas nessa área. Uma delas é estabelecer uma rotina de desligamento de celulares duas horas antes de dormir, a fim de garantir um sono saudável. Além disso, é importante controlar o tempo e os conteúdos consumidos nas redes sociais pelas crianças e adolescentes, a fim de protegê-los de exposições nocivas.
Outra sugestão é manter um diálogo aberto com os adolescentes sobre os malefícios do uso excessivo das plataformas digitais. É essencial orientá-los sobre os riscos envolvidos, como o cyberbullying, o ódio virtual e a comparação física, que podem levar a distúrbios alimentares e de imagem. A Associação de Psicologia Americana (APA) também recomenda que os jovens sejam incentivados a utilizar funções nas redes sociais que promovam um apoio social saudável, companheirismo online e intimidade emocional, em vez de se envolverem em comportamentos problemáticos.
Mantenha diálogo aberto com os adolescentes sobre os malefícios do uso excessivo das plataformas digitais.
Além disso, é crucial adaptar as funcionalidades e permissões das redes sociais às capacidades de desenvolvimento dos jovens, evitando mecanismos como “feed infinito” que incentivam um uso excessivo e viciante. A conscientização constante sobre como o comportamento nas redes sociais pode gerar dados compartilhados ou utilizados comercialmente também é fundamental.
Para evitar que as redes sociais se tornem um vício, é recomendado restringir o uso em crianças menores de 7 anos, controlar o conteúdo acessado por crianças de 7 a 12 anos, passar mais tempo juntos em atividades que estimulem o físico e a criatividade, ter uma rede de apoio para ouvir e conversar com as crianças sobre valores, além de estar atento a mudanças de comportamento que possam indicar um vício em redes sociais e celular.
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Existem diversos aplicativos disponíveis que podem auxiliar no controle e monitoramento do uso de redes sociais por crianças e adolescentes. Essas ferramentas oferecem recursos como limitação de tempo de uso, bloqueio de aplicativos específicos, rastreamento de atividades e controle parental. Alguns exemplos populares incluem o Google Family Link, o Norton Family, o Qustodio e o Screen Time. Esses aplicativos permitem que os pais estabeleçam restrições adequadas, incentivem um uso equilibrado das redes sociais e protejam seus filhos contra exposições nocivas ou excessivas. Ao fornecer uma camada adicional de supervisão e controle, esses aplicativos podem contribuir para uma experiência mais segura e saudável no mundo digital para as crianças e adolescentes.
Compreender os benefícios e malefícios das redes sociais para crianças, bem como implementar estratégias eficazes para evitar vícios, é essencial para garantir um ambiente saudável e equilibrado para o desenvolvimento das crianças em um mundo digital.