Aprender uma segunda língua pode ser uma tarefa muito prazerosa tanto para quem aprende quanto para quem ensina. Alguns dos pontos mais importantes dessa proceso envolvem a metodologia, o material didático utilizado e adequação do nível linguístico ao propósito de quem aprende. Mas existe um fator bastante curioso e que deixa várias pessoas smelling the rat (com a pulga atrás da orelha)!
Há milhares de opções de escolas e métodos de ensino mundo afora, e, com isso, um grande número de nomes para cada um dos níveis linguísticos ofertados. Mas por que isso acontece? É importante dizer que não há uma regulamentação obrigatória sobre isso, o que permite que cada escola determina como serão chamados os níveis de seus cursos. Assim, o primeiro nível de inglês, por exemplo, pode tanto ser chamado de basic, starter, elementary, one, beginner ou qualquer outro nome que traga a ideia de início. Isso pode causar uma grande confusão para quem se muda de escola. Mas há solução: o Marco, você conhece?
Toda escola que utiliza livros de grandes editoras (Oxford, MacMillan, Cambridge, Richmond) invariavelmente vai utilizar uma tabela para orientar a organização dos níveis disponibilizados aos estudantes. Esta tabela é baseada nas orientações de um documento internacional que organiza conteúdos, competências e habilidades para todas as línguas europeias modernas. O Common European Framework of Reference (CEFR), também conhecido como Marco Comum de Referência. Este é um documento muito importante que facilita a vida tanto de quem ensina, quanto de quem quer aprender uma língua europeia como inglês, espanhol, alemão ou francês. O CEFR organiza conteúdos, competências e habilidades em 6 grupos: A1, A2, B1, B2, C1 e C2, sendo A1 o nível mais elementar e C2 o mais avançado.
O nível A representa o usuário básico da língua, o nível B seria o usuário independente e o C o usuário proficiente.
VEJA AQUI A GRADE DE AUTOAVALIAÇÃO
O marco foi lançado em 2001 e de acordo com o site oficial o objetivo primordial seria: “In order to meet the teaching and certification requirements, the level concept as defined was extended to cover specification of levels lying immediately below and above the threshold level. In the light of the developments in this field, particularly as regards the CEFR, other levels were developed for a number of languages. These proficiency levels constitute one of the origins of the six-level scale of the CEFR.” Ainda, o Marco ajudou a desenvolver uma descrição do processo de melhoria da aprendizagem de uma língua que o aprendiz não conhece, usando para isso descritores que ajudam a desenvolver competências e habilidades diversas. Esses descritores avaliam as seguintes competências: variação, acurácia, fluência, interação e coerência na língua.
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Esse agrupamento em 6 níveis também é utilizado para organizar e orientar os certificados de proficiência emitidos pelas instituições oficiais e os diversos testes de nivelamento aplicados mundo afora. Com essa organização, não importa o nome que sua última escola no Brasil dava para o nível 3 de italiano. Em qualquer parte do mundo será bem fácil continuar seus estudos, pois as escolas seguem esse modelo de organização, que, inclusive vem impresso na parte de trás de cada livro.