Há pouco mais de 30 anos não saber ler e escrever era determinante para a definição do futuro profissional de uma pessoa. Atualmente, isso corresponde a não saber um segundo idioma, o que, em certa medida, pode impedir a entrada da pessoa no mercado de trabalho.
De acordo com o Dr. Gregg Roberts, especialista em World Languages e imersão linguística do Estado de Utah, “o monolinguismo é o analfabetismo do século 21”. Dr. Roberts diz que um segundo idioma tornou-se tão necessário quanto uma ferramenta de trabalho, o que se explica por razões econômicas.
Um fator interessante no uso das línguas dominantes ao longo da história é que, de acordo com o Dr. Roberts, “embora o inglês seja o idioma do século 20, dependendo da direção para a qual o mundo convergir, logo não será mais o idioma dominante.”
Sendo a língua estrangeira uma ferramenta de ascensão econômica, o professor também diz que os jovens do século 21 precisam dessa ferramenta para sua ascensão social e cultural, já que o mundo não se comunica em apenas um idioma.
Com o processo de globalização, aprender uma segunda língua serve de estímulo para que se aprenda uma terceira e até uma quarta língua estrangeira. “Está cientificamente comprovado que, uma vez que você aprende um segundo idioma, seu cérebro está preparado para aprender um terceiro muito mais facilmente”, diz Roberts.
Pesquisas relacionadas também reportam que o cérebro humano tem uma propensão biológica e genética para adquirir linguagem. E, enquanto o cérebro está jovem, maior é a facilidade de assimilar diferentes línguas. Além disso, mesmo que uma pessoa passe muito tempo sem praticá-lo, a língua estrangeira aprendida na infância fica gravada em algum lugar da memória e, para retomá-la, basta voltar a treinar e colocar em prática. Uma analogia simples é dizer que voltar a utilizar uma língua aprendida há algum tempo é como andar de bicicleta. Pode-se ficar alguns anos sem a experiência, mas numa retomada, haverá tombos e sustos, mas daí a pouco você estará pedalando pra valer.
E aí, quer pedalar conosco?
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Originalmente publicado no site do CACS UFMG